Harmonização

10 dicas de como harmonizar vinho e queijo

A Harmonização de Vinho e queijo podem ser descritos como um casamento perfeito. Isto porque são duas delícias que parecem ter sido feitas um para o outro. Ambos de origem bem antiga e nascidos de um quase esquecimento humano, são opções que cabem em qualquer situação.  Ainda assim, a dúvida que circula, especialmente entre os que são novatos nessa combinação é como harmonizar vinho e queijo de tal modo que não faça feio e não erre na hora de servir para amigos, ou mesmo apreciar durante uma maratona de série preferida. Então, pensando nisso, selecionamos 10 dicas imperdíveis para você não errar na hora de apreciar seu vinho e queijos favoritos? Vamos lá!

Harmonização de Vinho e Queijo

O primeiro passo, antes de mais nada, é saber quais os tipos de queijos que estão disponíveis no mercado. E são muitos. Não vá achando que só existe queijo Brie, gorgonzola ou Camembert. Os queijos são classificados por suas especificidades, e a harmonização perfeita necessita desse conhecimento prévio. Mas fique calmo, diremos tudo o que é preciso saber sobre. Acompanhe!

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Classificação

  • Macios e cremosos: são os chamados “não maturados”. Neste caso, são Minas Frescal, Ricota Fresca, Requeijão, Cottage.
  • Maturados por fungos na superfície: Brie e Camembert.
  • Firmes: são aqueles maturados por microorganismos na superfície, tais como Limburgo, Saint-Paulim, Taleggio.
  • Maturados por fungos no interior: são macios, porém apresentam firmeza, como Roquefort, Gorgonzola, Stilton, Donablu.
  • Maturados massa crua: é o tipo Minas Meia Cura.
  • Maturados massa semicozida: Prato, Minas Padrão, Estepe
  • Semiduros: com fermentação propiônica: Gruyère, Emmental, Comté, Colônia Uruguaio. Em tempo: propiônico é a atividade química responsável pela formação dos buraquinhos nos queijos. Veja que esses queijos apresentam esse traço.
  • Sem atividade propiônica: Cheddar, Provolone, Reino (aqui, já temos os mais “massudinhos”).
  • Duros: Parmesão, Montanhês, Pecorino, Sardo. Todos esses deliciosos, ao meu paladar.

E agora, com que vinho e queijo eu vou?

Calma, abaixo temos uma seleção completa para agradar a gregos e troianos e facilitar sua vida na hora de como harmonizar vinho e queijo.

 

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Harmonizar vinho e queijo por tipo

Frescura total

Sim, senhor(a)! Como apresentam maior teor de umidade e acidez, os frescos tendem à suavidade. Não têm casca e o sabor do leite se destaca, como é o caso da muçarela de búfala, da ricota e do minas frescal, que é tipicamente brasileiro. Assim, para não fazer feio na hora de servir e harmonizar, experimente vinhos brancos frescos (pois são mais leves). Uma dica como Tenuta Sant’Antonio Fontana D.O.C. Soave 2016. Aqui se o queijo não pesa no bolso, o mesmo não serve para essa safra.

 

Harmonizar Vinho Rosé com Queijo

Maturados

Com uma casca fina formada pelo bolor, podem ter ou não uma cobertura cinza de condimentos ou de ervas. Fazem parte desse grupo o Clochette ou o Valençay. Aqui, a melhor pedida são os brancos por terem bom frescor e mineralidade em evidência. O Grave Pinot Grigio 2016 pode o equilíbrio perfeito entre os sabores.

Brancos moles

Como o próprio nome diz, são moles e macios especialmente em seus interiores. Com sabor que remetem aos cogumelos e amêndoas (Brie e Camembert), casam muito bem com espumantes. Um Lambrusco da Casa Rinaldi é boa opção, sai por R$ 29,00 a garrafa.

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Se eu for de semimoles?

Para estes queijos que possuem casaca ora fina, ora mole e textura indo da cremosa à elástica, tais como Edam, Taleggio, Serra Estrela, prefira vinhos tintos que tenham a fruta evidenciada. Merlot para os paladares mais encorpados; Sauvignon para os mais delicados. Um exemplar do português Defesa do Esporão Tinto 2016, também cai muito bem e custa em média R$ 40,00. Assim você não irá errar na hora de pensar em como harmonizar vinho e queijo.

Gosto dos queijos mais duros, o que fazer?

Com cascas lustrosa e até mesmo ásperas, apresentam textura quebradiça, e granulosa. A depender do exemplar, pode ser crocante e se estiverem bem maduros, trazem um sabor mais acentuado do que quando frescos. Grana Padano, o Manchego e o Pecorino são exemplos dessa categoria. Para apreciar o sabor inconfundível desses queijos, os melhores são os tintos intensos e encorpados como os Malbec, Tannah, Syrah e Tempranillo, Barolo. Este último custa a bagatela de R$350,00, em média!

 

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Temperadinhos vão bem com…

Os temperados apresentam grande variedade de traços. Indo dos duros ou macios, podem ser picantes ou doces. Melba, Taramundi, Yarg Cornish ou Hereford Hop são alguns exemplos. Na categoria dos picantes, opte pelos vinhos brancos aromáticos e ácidos, como Sauvignon Blanc, agora, se quiser uma profusão de sabores contrastantes, os mais adocicados pedem pelos Chardonnays.

Queijos azuis acompanhados de…

Com alto teor de gordura e sabor bastante picante (eu particularmente amooo), vão bem acompanhados dos vinhos que, em geral, seriam servidos nas sobremesas, como Vinho do Porto brancos de Sauternes, ou doces que tenham equilíbrio entre a acidez e a doçura. Dentre os citados minha dica vai para o portuga Ramos Pinto Adriano Porto Ruby (meu preferido, mas só para as ocasiões mega especiais). Em média R$ 150,00, pois é comercializado em euros convertidos em reais. 

E como harmonizar vinho e queijo Brie e Camembert?

Brancos, de uvas Chardonnay ou Viognier. Mas, se o paladar é apetecido pelos tintos, Pinot Noir, Merlot ou Sangiovese. Isto porque, como já vimos antes, esses queijos têm casquinhas mais dura e um interiores cremosos com sabor de leite mais pronunciado. Logo, para dar aquele equilíbrio, degustá-los com vinhos mais intensos é o ideal.

Gouda, gruyère, emmental, maasdam, semiduros de maneira geral, casam com…

Todos os brancos encorpados, como Chardonnay ou brancos da Rioja. Agora, se a preferência for mesmo pelos tintos, gouda e gruyère devem ser acompanhados pelos mais encorpados. Já os emmental, maasdam pedem os com corpo mais mediano. O nome do queijo é dificil, mas harmonizar vinho e queijo não!

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Por fim, santo parmesão e o grana padano

Duros por natureza e de consistência granulosa, harmonizam com vinhos intensos (Portos, em geral,) e tintos doces oriundos de colheitas tardias.

Veja que independentemente da harmonização indicada, cabe a você escolher o vinho e queijo que mais lhe agradem, afinal, o mais importante é ser feliz na hora da degustação. Também cabe destacar que o bolso também vai influenciar nas escolhas, embora tenha várias opções de vinho, muito boas e acessíveis.

Agora, você já fez alguma dessas combinações apresentadas? Optou por outras? Conte para gente as suas experiências!

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Cris Oliveira, Empreendedora Digital, Entusiasta da Enologia, Especialista em Língua Portuguesa, Blogueira.

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